O intercambista que decidir passar um tempo na Irlanda vai perceber que as relações do país com o Reino Unido são diferentes do que com os demais países. Irlandeses morando por lá têm direito a voto, por exemplo. E viajantes não necessitam de passaporte para ir de um país a outro. Essa situação deve mudar com a decisão britânica de deixar a União Europeia, tomada por referendo popular recentemente. Um dos efeitos poder ser o aumento drástico da procura por universidades irlandesas.
De acorco com o jornal Irish Times, atualmente são mais de 10 mil irlandeses estudando em instituições superiores na Inglaterra, efeito que acontece muito por conta das mensalidades a que têm direito, outro benefício de ser uma ex-colônia inglesa e ter essa relação entre os países tão próxima. Fora da União Europeia, no entanto, a Inglaterra pode classificar irlandeses como estudantes estrangeiros, o que os levaria a pagar taxas mais elevadas.
As autoridades na Irlanda já temem esse feito: de que muitos desses estudantes, além das futuras gerações, optem por permanecer no país para conseguir diploma superior, um aumento que é ruim por ser brusco, o que pode sobrecarregar o sistema educacional de terceiro nível. Por consequência, a notícia afeta também intercambistas que pensam em se candidatar a uma vaga em universidades na Ilha Esmeralda.
Há a possibilidade de, para evitar essa tensão, os países assinarem acordos, que ainda devem ser negociados – há tanto a ser negociado entre Reino Unido e Irlanda, já que essa será a única fronteira terrestre entre Grã-Bretanha e a União Europeia, que fica difícil prever quando uma definição será alcançada.
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