Guinness, o livro dos recordes, um dos maiores best-sellers da história, tem uma história intimamente ligada com a Irlanda. A obra foi inventada por um sul-africano que morava em Londres e se tornou gerente geral da famosa cervejaria irlandesa, com sede em Dublin. Foi assim, meio que por acaso, que ele teve uma de suas melhores ideias.

Era início da década de 50 quando Hugh Beaver, nascido na África do Sul e criado na Inglaterra, compareceu a uma festa em Wexford, a 130 km de Dublin. O diretor da Guinness Brewery se envolveu em uma discussão com outros convidados sobre qual seria o pássaro de caça mais rápido de toda a Europa. Eles então procuraram em livros e enciclopédias, mas não conseguiram encontrar uma resposta satisfatória.

Já em 1954, ainda com o caso em mente, Beaver criou uma promoção para a Guinness: a empresa patrocinaria um livro que poderia ser usado para resolver discussões em pubs, já que os irlandeses conhecidos por gostarem de apostas. O diretor convocou, então, os gêmeos Norris e Ross McWhirter para compilar fatos interessantes, o que eles fizeram de forma incansável ao longo de quase quatro meses para enfim lançar a primeira edição do Guinness Book of Records.

Lançado em 1955, o livro virou best-seller imediato na Inglaterra, e a partir daí construiu sua brilhante reputação. Os irlandeses, enquanto isso, continuam aproveitando suas acaloradas discussões em pubs aliando-as com seu gosto pelas apostas.

 

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