Durante um período de intercâmbio, você aceitaria trabalhar por menos que o justo? Dados divulgados pelo Migrant Worker Justice Initiative, organização australiana voltada para auxílio a imigrantes e estrangeiros, mostra que essa possibilidade no país não só é real como é bastante comum, em uma exploração da força de trabalho que não deve ser tolerada de maneira algum. Fique esperto e não aceite.
A MWJI entrevistou 4,3 mil estudantes internacionais e descobriu que 43% deles recebem $15 por hora ou menos, valor significativamente abaixo do salário mínimo na Austrália, de $18,29 dólares australianos. Entre os problemas apontados estão o “sequestro de salário” (termo para quando se é pago menos do que o justo), jornadas de trabalho excessivas e até bullying.
É por isso que, de maneira geral, não se deve tolerar esse tipo de situação. A Irlanda, outro país que fala inglês e permite que intercambistas trabalhem de forma oficial, a situação é menos dramática porque as leis são, no geral, respeitadas – inclusive quanto ao salário mínimo, de €9,15, que é inclusive um dos maiores da União Europeia. Sujeitar-se a menos do que isso é ilegal.
É claro que conseguir trabalho durante o intercâmbio pode ser bastante complicado. Se você tem dificuldades quanto à língua, vale focar seu período no país justamente para focar nos estudos, grande objetivo do intercambista – a fluência na língua desejada. Quando você já consegue se virar bem, uma boa dica é buscar trabalho voluntário: ganhar experiência, fazer contato e, quem sabe, conseguir uma boa indicação de emprego.
Na Irlanda, esse roteiro funciona muito bem. Mesmo que com poucas horas de trabalho por semana, o salário mínimo garante a possibilidade de renda digna e justa, algo que algumas pessoas não experimentam na Austrália, por exemplo. Os efeitos são de barateamento do mercado. Todos se prejudicam. Fique esperto. Não aceite trabalhar por menos que o justo.
Para mais informações, veja o relatório completo neste link.
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