Uma ativista chamada em prol do direito dos animais chamada Nancy Holten teve pedido de cidadania negado pela segunda vez na Suíça, de acordo com o jornal local The Local. Nascida na Holanda, mas criada em território suíço, a mulher teve o pedido recusado por influência dos vizinhos, com quem não cultivou uma boa relação ao longo dos anos – mais uma prova de que é sempre melhor prezar pela afabilidade quando se está passando um período (ou a vida toda) longe de casa.

Isso foi possível porque, na Suíça, os pedidos de cidadania são processados inicialmente nos “cantão” (“canton”, no original, unidade federativa como o condado, na Irlanda, e o estado, no Brasil) antes de chegar ao nível federal. Nessa fase, os outros residentes têm direito a opinar sobre o processo. E acontece que na vila chamada Gipf-Oberfrick, no cantão de Aargau, Nancy Holten não é muito querida.

O problema é que, como defensora dos direitos dos animais, Nancy vem há anos fazendo campanha contra elementos básicos da tradição suíça. Por exemplo: ela é contra o uso de sinos nas coleiras das vacas, por entender que eles são prejudiciais à saúde do animal. Também veio a público para se opor à corrida de porquinhos, à caçada e até aos sinos da igreja local, que ela considera irritante.

Assim, ela por enquanto continuará sem o passaporte suíço. Nos países mais procurados por brasileiros, o relacionamento com os vizinhos não faz diferença alguma na busca por cidadania. De qualquer maneira, não custa nada ser agradável e tentar não arrumar briga por tradições milenares.

Fonte: The Local

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